Esquema tático e ofensividade no futebol moderno

03-11-2010 09:44
Evolução em termos de plataforma de jogo, especialmente no Brasil, não ocorre. Nos últimos anos, qual jogador formado aqui teve destaque como líbero?
Rogério Rosa Inácio

O futebol moderno tem exigido muito dos profissionais que trabalham com a preparação das equipes. Em relação à parte física, com a evolução da ciência no estudo da fisiologia esportiva, permitindo aos preparadores físicos trabalharem com os atletas muito próximos do limite da capacidade de cada um, sem qualquer prejuízo em termos de problema muscular.

Algumas outras lesões como joelho, tornozelo, acontecem em lances em que o atleta nem está em esforço máximo: em uma simples disputa de cabeça pode, na queda, ter uma torção nessas duas regiões.

Agora entrando no aspecto técnico-tático que é o foco principal do artigo, não estamos vendo uma evolução muito grande. Muito se fala em formações táticas, distribuições numéricas, como 1-4-4-2 e 1-3-5-2, que são hoje os mais usados pelos treinadores brasileiros.

Fala-se em característica de jogador, em jogo em casa, jogo fora, time mais fraco ou mais forte, tudo para usar como fator a decidir qual esquema usar, e até mesmo definir entre titulares e reservas.

Utilizando esse dois exemplos que apresentamos anteriormente, fala-se que com dois zagueiros o time fica mais ofensivo, e que usando a plataforma com três atletas dessa origem a defesa fica mais forte.

Na realidade, é pura tentativa de se fazer o que os treinadores do futebol europeu vinham desempenhando. Há tempos, todas as equipes jogavam no esquema 1-4-4-2, e a partir do momento que passamos a ter na nossa televisão os jogos dos campeonatos internacionais, alguns treinadores passaram a utilizar o esquema 1-3-5-2.

Na formação que sempre usamos, tínhamos dois zagueiros e dois laterais como defensores, com detalhe de equipes que tinham laterais com iniciativa de ataque.

Na Europa, o que víamos de inicio era o chamado líbero, citando o jogador Baresi, um dos mais perfeitos na função de terceiro zagueiro.

Começamos, então, a perceber que a tentativa de copiar aquele modelo na formação tática estava um pouco diferente. Nos últimos anos, qual jogador brasileiro teve destaque como líbero?

Na realidade, não temos líbero nenhum, somente três homens atrás, parados, tirando as bolas, ora de cabeça, ora dando chutões para frente.

Daí o fato de as seleções europeias, como a Alemanha, estarem sempre entre as finalistas das Copas do Mundo. Acontece lá realmente um estudo do futebol como um todo, até porque eles não têm os melhores jogadores individualmente, restando então terem superioridade na parte tática do jogo (o conjunto), já que o futebol é um esporte coletivo.

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