PLANEJAMENTO - PERÍODO PRÉ-COMPETITIVO

03-11-2010 10:14

 

Para muitos torna-se imperceptível por onde começar a abordagem sistemática ao treino. O fator fundamental para o sucesso desportivo de um campeonato e consequentemente a obtenção dos objetivos dependerá da forma que foi considerada a triologia que compõem o processo de treino : Conhecer a condição física do jogador ,condição psicológica e condição técnico-tática, que caminham praticamente juntas.

È importante destacar que a equipe de atletas de que dispomos,  apresenta aspectos diferentes (condição física,psicológica e técnicas) os quais devem ser respeitados, considerando cada um como uma peça imprescindível para a construção do quebra-cabeças de que dispomos, onde todos se completam mutuamente.

A diferença deve, acima de tudo, ser respeitada para que o desenrolar do processo de treino ocorra da melhor forma, trabalhando o aumento e potencialização das capacidades que se afiguram menos produtivas, em cada um dos atletas, sem perda do controle e liderança do grupo de trabalho.

Outro ponto fundamental, é a qualidade do trabalho a implementar nos treinos, rentabilizando os aspectos inerentes à preparação, aprendizagem e formação do atleta, preparando-o adequadamente para, no futuro, apresentar-se apto e disponível às exigências que o jogo vai solicitar.

Assim, é extremamente necessário que o treino contemple uma preparação multidisciplinar onde a diversidade dos exercícios é uma constante e  o respeito e a aplicação no trabalho efetuado é primordial na conquista dos objetivos propostos para o mesmo.

                         TREINO e JOGO

O treino é um espaço comum de vivências intensas onde os atletas dividem inúmeras horas do mês, onde deve prevalecer a entrega, o companheirismo e sobretudo o sentimento de partilha. Assim a elaboração dos treinos deve ser preparada minuciosamente em função das necessidades semanais tendo em conta os objetivos previamente definidos, reinando uma coesão de um grupo forte liderado por uma “cabeça” que transpira ambição, respeito, tolerância, organização e confiança.

Podemos trabalhar a resistência de uma forma lúdica e com entrega total dos atletas, criando um ambiente salutar.

Podemos trabalhar as capacidades motoras, ao mesmo tempo que trabalhamos as capacidades técnicas, bem como as capacidades técnicas com uma carga tática associada.

O treinador deve propor durante a preparação da sua equipe, diversos desafios (jogos) com índices de dificuldades diferentes, afim de tirar lições acerca dos aspectos que deverá corrigir, bem como adotar a sua formação uma mentalidade tática vencedora e competitiva, elevando os níveis de confiança e determinando a coesão da equipe na procura da conquista do objetivo.

          O QUE PODEMOS E DEVEMOS FAZER

            NO PERÍODO PRÉ-COMPETITIVO

AVALIAÇÕES FISIOLÓGICAS DOS ATLETAS

·        4x15 metros, componente de arranque;

·        2x30 metros, componente de aceleração;

·        2x40 metros, componente de velocidade máxima;

·        Resistência aeróbica

·        Força geral;

·        Relação Peso / Altura (índice de massa corporal);

                             TREINOS

PERÍODO CORRESPONDENTE A 2 MESES ( 3 Treinos semanais)

 PRIMEIRA ETAPA : Quatro semanas

·        Ênfase no trabalho aeróbico : corridas contínuas;

·        Elevação do limiar anaeróbico : métodos-contínuo, intervalado;

·        Ênfase na resistência muscular localizada – abdominal, dorsal, superior e inferior;

·        Treino intervalado misto : 100 a 500 metros – “pirâmide”;

·        Treino intervalado : 50 a 300 metros de forma crescente/decrescente;

·        Início da homogeneização da forma atlética : setores e individual.

  SEGUNDA ETAPA : Duas semanas

·        Ênfase no trabalho anaeróbico ( exercícios de curta duração);

·        Treino lático – repetições de 120 metros;

·        Treino alático – distâncias entre 5 a 30 metros;

·        Potência – exercícios com elásticos, circuitos;

·        Coordenação com e sem bola ( força, velocidade, agilidade);

·        Aumento da individualização do trabalho ;

·        Aproximar a média do grupo e orientações específicas;

·        Recuperação : capilarização, trote, banhos e hidroginástica.

TERCEIRA ETAPA : Duas semanas

·        Velocidade e agilidade;

·        Manutenção da forma física;

·        Treinos especiais na piscina ( força geral, dinâmica de grupo);

Este plano está adaptado às solicitações da maior parte das equipes amadoras. Porém, não podemos esquecer que esta abordagem “física” não se dissocia do trabalho com a bola, e todas as situações podem ser adaptadas, sempre que possível, desde que os objetivos do treino não sejam descurados. A salientar que durante a Segunda e a Terceira Etapas , a equipe deverá efetuar os referidos jogos/treino para os fins acima referidos.

 “A bola é que faz mover o atleta, é por ela que todos correm...”

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