HISTÓRIA DOS SALTOS ORNAMENTAIS

03-11-2010 14:06

É uma modalidade esportiva em que o atleta projeta-se no ar e conduz seu corpo a uma queda controlada no espaço para imergir-se na água. Os saltadores executam no ar manobras com mortais e parafusos na exata medida e precisão, como se estivessem sendo guiados por um radar desde a saída do trampolim ou da plataforma até a entrada na água. Neste esporte é necessário ter capacidade como: força, flexibilidade, coordenação neuro-muscular, consciência corporal e orientação espacial.

Exige ainda audácia, coragem, perseverança, autoconfiança e concentração. Sua história tem origem na Grécia Antiga, onde era praticado por pessoas que moravam a beira mar. Eles pulavam de rochedos mergulhando para o fundo do mar. A prática da modalidade foi iniciada no norte da Europa, principalmente na Alemanha e na Suécia, onde a ginástica era muito popular. Durante os verões a aparelhagem dos ginastas era transferida para a praia e montada em plataformas altas ou píeres para possibilitar a execução dos seus movimentos acima da água. A modalidade estreou nos Jogos Olímpicos de Saint Louis em 1904 somente com provas masculinas.

A partir de 1912 iniciou-se a participação feminina nos Jogos de Estocolmo. Até a 1ª guerra mundial, os suecos e alemães dominaram as provas de trampolim e plataforma respectivamente. Após a guerra os americanos se destacaram, e a partir dos anos 90 iniciou-se o domínio chinês. Desde a Olimpíada de Seul 1988, o Saltos Ornamentais tem sido um dos seis esportes Olímpicos mais concorridos pelo público. No Brasil, a primeira piscina construída com aparelhagem para essa modalidade, foi no Fluminense Football Clube, Rio de Janeiro em 1919, apesar de já existir um trampolim montado sobre o rio Tietê que pertencia ao Clube Espéria em São Paulo.

A primeira competição nacional foi realizada em 1913 na enseada de Botafogo no Rio de Janeiro. Temos no Brasil aproximadamente 70 piscinas aptas à prática deste esporte. Somente no estado de São Paulo existem 45. Não existe nenhum outro estado no mundo que tenha tantas piscinas de Saltos como São Paulo.

SALTOS ORNAMENTAIS

Considerado um dos esportes olímpicos mais técnicos, em razão da precisão dos movimentos, os saltos ornamentais têm parentesco com a ginástica. As provas são realizadas em plataformas com altura mínima de 5 metros, e em trampolins, de 1 m e 3m. São olímpicas as provas em plataforma e no trampolim de 3 metros.

O circuito Paulista é disputado em seis etapas e o número de participantes, especialmente nas categorias de base, tem crescido nos últimos anos. As maiores forças em São Paulo são as equipes do Esporte Clube Pinheiros, Clube Atlético Juventus e o Clube Semanal de Cultura Artística, de Campinas.

Mas pertenceu ao Espéria o maior nome que o Brasil já produziu nesse esporte, Miltom Busin foi sexto colocado nos Jogos Olímpicos de Londres/48, melhor classificação do país em todos os tempos.Durante uma competição, o atleta deve realizar uma série obrigatória e outra livre.

A entrada na água é muito importante, pois é o último ato que o juiz avalia.

TIPOS DE SALTOS

Existem seis grupos diferentes de saltos para trampolim e plataforma. Os quarto primeiros grupos envolvem rotação em diferentes direções em relação ao trampolim/plataforma e a posição inicial, enquanto o quinto grupo envolve qualquer salto com parafuso e o sexto grupo envolve uma posição inicial em parada de mãos na plataforma.

1. Frente: O saltador começa olhando a água e roda em direção à água. Os saltos neste grupo podem variar de um salto simples para a frente ao difícil salto quádruplo e meio mortal para frente.

2. Trás: Todos os saltos para trás iniciam com o saltador na ponta do trampolim com suas costas voltadas para a água. A direção da rotação é para trás.

3. Pontapé à lua: Estes saltos iniciam com o saltador olhando a água e a rotação é em direção à ao trampolim/plataforma.

4. Revirado: O saltador inicia no fim do trampolim/plataforma com as costas voltadas para a água e roda em direção ao aparelho ou ao contrário da rotação dos saltos para trás.

5. Parafuso: Qualquer salto com parafuso é incluído neste grupo. Existem quarto tipos de saltos com parafuso: frente, trás, pontapé à lua e revirado. Devido as muitas combinações possíveis, este grupo inclui mais saltos que qualquer outro.

6. Equilíbrio (parada de mãos): Nas provas de plataforma, existe um sexto e grupo chamado "Equilíbrio". Aqui, o saltador assume uma posição de parada de mãos na beira da plataforma antes de executar

PERFORMANCE E JULGAMENTO

Conforme você assistir mais e mais aos saltos ornamentais, especialmente por executantes talentosos, você irá observar que embora muitos saltadores façam os mesmos saltos, eles nunca se parecem à mesma coisa. Isto se deve às maneiras individuais diferentes, características de movimento, força e senso de tempo, em que todos adicionam um fenômeno abstrato, mas observável chamado "estilo". O estilo é difícil de ser acessado por algum padrão, a não ser que você goste ou não dele. Por isso é difícil julgar os saltos. Mesmo que existam critérios de execução que todos os saltadores devam conhecer, a avaliação permanece um processo subjetivo. Não importa o quão bom um salto é executado, o gosto artístico dos juízes têm uma grande parte no resultado de qualquer competição, e por esta razão existem diferenças nas opiniões entre técnicos, competidores, juízes e espectadores em relação à exatidão dos resultados.

A um salto é dada a pontuação entre 0 e 10 pontos, entre notas redondas ou adicionadas de ½ ponto por cada juiz. Uma tabela de critérios de pontuação segue abaixo:

Ao classificar o salto em uma das categories de julgamento, certas partes de cada salto devem ser analisadas e avaliadas, e uma nota pelo conjunto deve ser obtida. As partes de um salto são: 1. Aproximação: Deve ser tranqüila, mas eficiente, mostrando uma boa forma. 2. Saída: Deve mostrar controle e equilíbrio além do angulo apropriado de aterrissagem e saída para cada salto em particular a ser tentado. 3. Subida: A quantidade de impulso para subir que o saltador recebe da saída geralmente afeta a aparência do salto. Sendo que mais altura significa mais tempo, um salto mais alto geralmente garante maior precisão e suavidade de movimento. 4. Execução: Esta é a parte mais importante, pois este é o salto propriamente dito. O juiz observa a performance mecânica, técnica, figura e graça do salto. 5. Entrada: A entrada na água é muito significante por ser a última coisa que o juiz observa e provavelmente a parte a ser mais bem lembrada. Os dois critérios a serem avaliados são o ângulo de entrada, que deve ser o mais próximo da vertical possível, e a quantidade de água espirrada, que deve ser a menor possível.

PONTUAÇÃO

Sete juizes são usados em competições nacionais. Normalmente cinco juizes são utilizados em competições regionais. Quando as notas dos juizes são dadas, a maior e a menor são eliminadas. As notas que permanecem são somadas e o número encontrado deve ser multiplicado pelo grau de dificuldade (GD) designado ao salto. O GD é pré-determinado por uma tabela que vai de 1.2 até 3.8 com variações de um

Fonte: www.terra.com.br

HISTÓRIA DOS SALTOS ORNAMENTAIS

Um "parente" dos saltos ornamentais estreou nas Olimpíadas em Saint Louis-1904. Era um tipo de salto cujo objetivo era nadar o máximo possível submerso depois de mergulhar. Foi um fracasso. Não despertou interesse no público, que tinha péssimas condições para acompanhar a prova, e não sobreviveu às Olimpíadas seguintes.

Em Londres-1908 houve a estréia dos saltos ornamentais como são conhecidos hoje, mas apenas os homens disputaram. As modalidades disputadas foram plataforma e trampolim de três metros (a de um metro jamais foi esporte olímpico).

A estréia feminina foi em Estocolmo-1912, com a plataforma. O trampolim para mulheres só veio nos Jogos seguintes, Antuérpia-1920 (em 1916 as Olimpíadas não foram realizadas por causa da Primeira Guerra Mundial).

A partir de Paris-1924, os EUA iniciaram uma hegemonia impressionante: por seis Olimpíadas, até Helsinque-1952, conquistaram todas as 24 medalhas de ouro em disputa. Continuaram supremos até os anos 80, quando a China e a então União Soviética despontaram.

O grande nome feminino foi a americana Pat McCormick, campeã na plataforma e no trampolim em 1952 e 1956. Detalhe: em Helsinque-1956, ela havia dado à luz oito meses antes de competir.

O norte-americano Greg Louganis é o destaque masculino: único homem com quatro medalhas de ouro em duas Olimpíadas (Los Angeles-1984 e Seul-1988). Em 1988, Louganis bateu com a cabeça no trampolim quando saltava e mesmo assim ficou com o ouro. O norte-americano havia descoberto seis meses antes da prova que havia contraído o vírus HIV e entrou em pânico quando viu seu sangue na piscina, com medo de contaminar os outros atletas.

Sydney-2000 foi a primeira Olimpíada com a disputa o salto sincronizado, cujo objetivo é que os dois atletas saltem de maneira idêntica.


Pat McCormick (EUA)
ganhou quatro medalhas
de ouro em dois Jogos

O Brasil já enviou atletas de saltos ornamentais para 11 Jogos Olímpicos, estreando em Antuérpia-1920. Mas a quantidade e a tradição não refletiram em resultados expressivos.

Em 1920, Adolf Wellich saltou plataforma e trampolim, mas foi eliminado na primeira fase. Em Londres-1948, o Brasil contou com três atletas no trampolim: Gunnar Kemnites (21º), Haroldo Mariano (16º) e Milton Busin (11º).

De Helsinque-1952 veio a melhor colocação brasileira: Milton Busin foi sexto no trampolim. Nos mesmos Jogos, Ariel Richard Hanitzsch ficou em 28º na plataforma.

Dos 48 atletas brasileiros que foram para Melbourne-1956, a única mulher competia nos saltos ornamentais: Mary Dalva Proença ficou com em 16º na plataforma. Fernando Ribeiro foi 23º no trampolim. Ribeiro voltou em Roma-1960, mas foi eliminado na primeira fase.

Em 1976, o Brasil abriu sua maior seqüência de participações seguidas nos saltos ornamentais: foram cinco Jogos até Atlanta-1996, quando Juliana Veloso conseguiu o índice, mas não foi competir.

Milton Machado Braga foi o único brasileiro em Montreal-1976 e Moscou-1980. No Canadá, foi eliminado na primeira fase da plataforma. Quatro anos depois, ficou em 20º na plataforma e 22º no trampolim.

Em Los Angeles-1984, Angela Mendonça Ribeiro caiu na primeira etapa da plataforma. Em Seul-1988, competiu no trampolim e foi 19ª. Na mais recente participação olímpica, Silvana de Fátima Neitzke ficou com a 28ª posição da plataforma em Barcelona-1992.


Fernando Ribeiro esteve
nos Jogos Olímpicos
de Melbourne e Roma

Fonte: www1.uol.com.br

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