HISTÓRIA DO BOXE PROFISSIONAL

03-11-2010 19:14

Boxe Profissional

Um dos esportes mais antigos do mundo, remontando à época dos Jogos Pan-Helênicos (776 A.C.), as Olimpíadas realizadas quadrienalmente em Olímpia, Grécia.

Denominado em seus primórdios de pugilato, os seus lutadores usavam mãos envoltas em correias de couro e tinham os corpos inteiramente nus.

Os vencedores dos confrontos ganhavam uma coroa de oliveira selvagem e grande prestigio em toda Grécia antiga.

Com o declínio dos Jogos Pan-Helênicos, o pugilato viveu um período obscuro. Na Idade Média muito pouco se conhece, mas no final da Idade Moderna, o pugilato, agora já conhecido por boxe, era praticado pelos homens mais valentes das cidades européias e americanas que se digladiavam mostrando sua coragem, força e resistência física em troca de remuneração a qual poderia ser em moeda corrente ou mercadoria, esta última forma era a mais comum.

Não existia número máximo de rounds, os lutadores utilizavam mãos nuas e os combates eram desprovidos de quaisquer regras. A violência era a tônica e a vitória era dada àquele que resistia em pé enquanto seu adversário estava prostrado ao chão.

Entretanto o nobre inglês Marques de Queensbury, entusiasta do boxe resolveu dar-lhe determinadas regras tornando-o mais justo, equilibrado e menos violento. Esta é a razão do boxe ter a alcunha de Nobre Arte.

O uso de luvas, divisão de pesos, limitação de rounds, foram criados e então o boxe passou a ser considerado pelo mundo ocidental como um verdadeiro esporte. A primeira luta legalizada de boxe profissional ocorreu em 7 de fevereiro de 1882, nos Estados Unidos.

Em 1896, data dos primeiros Jogos Olímpicos do mundo moderno, o boxe foi incluído, tendo passado então a ser qualificado como Amador, surgindo assim o boxe amador, possuindo regras substancialmente diferentes daquelas do boxe profissional.

No Brasil, surgiu o interesse pelo boxe em 1918, quando alguns marinheiros franceses fizeram algumas exibições em São Paulo.

Estudiosos do boxe tem procurado ao longo dos anos inová-lo, tornando-o mais seguro para os seus praticantes, preservando a emoção que é peculiar tanto ao boxe amador quanto ao profissional.

Fonte: www.cbboxe.com.br

História do Boxe Profissional

REGRAS 1

Atualmente são disputados dois tipos de boxe: o amador e o profissional. O primeiro, que também é chamado de boxe olímpico, tem como principal preocupação a total integridade física de seus lutadores. No amador são usados capacete, protetor genital e protetor bucal, para que não haja maiores danos aos seu praticantes, enquanto no profissional os competidores usam apenas luvas, calção e sapatilhas.

O boxe amador tem 13 categorias, segundo o peso do atleta (minimosca, mosca, galo, pena, leve, superleve, meio-médio, meio-médio-ligeiro, médio-ligeiro, médio, meio-pesado, pesado e superpesado); o profissional tem 18 (as mesmas do amador, exceto superpesado e mais palha, supermosca, supergalo, superpena, supermédio e cruzador).

REGRAS 2

A disputa dá-se em um quadrado limitado por cordas, o ringue, que mede entre 4,90 m e 6,10 m. As lutas profissionais duram 12 assaltos, ou rounds, cada um de 3 min, e terminam imediatamente por nocaute se um dos atletas cair e não se levantar em 10 s. Se conseguir, considera-se knock down. Caso não haja nocaute, cinco juízes escolhem o vencedor por critério de pontos, com base no número de golpes dados ou o juiz de ringue interrompe a luta e declara um dos lutadores vencedor por nocaute técnico.

REGRAS 3

Os principais golpes são o jab, os cruzados de direita, de esquerda e o gancho. É proibido atingir o adversário abaixo da cintura, sob pena de desclassificação. Na Olimpíada a luta tem três assaltos de 3 min, com 1 min de intervalo entre eles.

Fonte: www.terra.com.br

História do Boxe Profissional

O boxe, ou a luta com os punhos, surgiu aproximadamente no ano de 4000 a.C., na região que é hoje denominada de Etiópia, no continente Africano, de onde se espalhou para o Egito Antigo e eventualmente para toda a área do Mediterrâneo.

Embora o "esporte" (então um tanto brutal para dispensar as aspas) não tenha sido incluído no programa dos Jogos Olímpicos da Antigüidade até o ano de 688 a.C., um esboço do que depois foi conhecido como boxe já tinha sido bem estabelecido entre os gregos daquele tempo. Era um tipo de disputa em que dois lutadores simplesmente se surravam até que um deles caísse nocauteado.

Com o avanço do Cristianismo, o boxe praticamente desapareceu da Europa, até ressurgir, no final do século XVII, em Londres, na Inglaterra. Em 1681, um jornal local trazia a notícia de uma luta, e em 1698 o Royal Theatre promovia combates regularmente.

Mas não é antes do início do século XVIII que o boxe torna-se um esporte popular, principalmente na Grã-Bretanha.

James Figg, primeiro campeão inglês dos pesos pesados, foi também o primeiro anunciar publicamente o ensino do boxe e sua técnica. A iniciativa de Figg, além de popularizar as sessões de sparring, promoveu também a abertura de novos locais destinados à prática do esporte.

James Figg, que passou a ser conhecido como o "pai do boxe", retirou-se do esporte em 1730. Um de seus discípulos, Jack Boughton, foi campeão inglês de 1729 a 1750.

Além de ensinar o boxe e ser responsável por uma academia em Londres, Boughton foi pioneiro ao formular um conjunto de regras para o esporte, em 1743. As regras desenvolvidas por ele foram usadas, em sua maioria, até 1838, quando então um novo sistema, o London Prize Ring Rules, foi adotado.

Tendo aparecido timidamente nos Estados Unidos no início do século XIX, o boxe era considerado ilegal na maioria dos estados americanos. Seus praticantes e fãs precisavam estar atentos à ação da polícia e de outras autoridades, que combatiam os eventos ligados à prática do esporte. Além de as lutas serem consideradas de caráter brutal e selvagem, havia outro problema: as apostas, que freqüentemente causavam distúrbios de conduta nos combates.

Assim, nos Estados Unidos, as primeiras lutas por títulos foram travadas em locais afastados, rurais, escondidos do grande público. Além das alegadas razões de segurança, naquela época, assim como hoje, o boxe era uma oportunidade para as classes menos inferiores superarem a pobreza e a discriminação. E as elites não viam tal situação com bons olhos.

Com a adoção das regras propostas pelo Marquês de Queensberry (limite de rounds, intervalos, contagem até 10, uso de luvas, categorias de peso, etc.), a maioria em vigor até hoje, novos campeões foram reconhecidos. O primeiro na categoria peso pesado foi John L. Sullivan, dos Estados Unidos, que derrotou Jack Kilrain ainda nas regras antigas, por nocaute, no 75º round, após 2 horas, 16 minutos e 23 segundos de combate.[3]

Antes de 1885 não existiam divisões de categoria por peso, procedimento que foi adotado a partir das regras do Marquês de Queensberry.

Assim, até aquela época, a história dos pesos pesados é a história do boxe em geral.

Depois, desenvolveu-se uma verdadeira mística em cima da categoria, a mais importante do boxe desde o seu surgimento. Parte dessa fascinação é creditada ao fato de as lutas entre pesos pesados poderem ser encerradas com apenas um golpe, mesmo que tenha havido, até então, grande desvantagem por parte daquele que vence. Outro motivo pode advir da disparidade entre os lutadores, que apesar de apresentarem diferenças expressivas de peso, altura e estilo, ainda assim podem competir.

Mas a razão principal está no fato de os pesos pesados serem literalmente os mais fortes participantes dessa nobre arte. A cada luta, a categoria máxima do boxe reedita um enorme conteúdo simbólico: se o campeão dos pesos pesados detém extra-oficialmente o título de homem mais forte e poderoso do planeta, ele também pode, teoricamente, derrotar qualquer um.

Assim, quando um campeão peso pesado foge do estereótipo estabelecido como ideal para ele — o de vencedor — cria uma situação atípica, na qual o fraco e dominado passa a dispor de poder imediato. Tudo se inverte. De uma hora para outra os dominantes se acanham e os dominados surgem, poderosos, aptos para triunfar.

Isso fez com que, excetuadas situações raras ao longo da História, o termômetro do boxe sempre fosse sua categoria máxima. Pugilistas excelentes, carismáticos e populares surgiram em categorias mais leves, mas não se pode deixar de afirmar que a eles falta o "poder" simbólico que sobra nos pesos pesados. Assim, a categoria dos pugilistas grandes, fortes, às vezes com excesso de peso, exerce sobre as pessoas um fascínio que não é encontrado em outra modalidade esportiva. Por mais que existam categorias igualmente competitivas, ou combatentes tecnicamente mais virtuosos, a defendida por Ali, Marciano, Tyson e tantos outros será sempre vista de maneira diferenciada, principalmente pelo que representa.

Fonte: www.ringue.com.br

Como o boxe profissional gira em torno do dinheiro das bolsas e apostas, é natural que grupos de pessoas se associem procurando ter autoridade para proclamar campeões e ditar as regras das lutas.

Nos últimos cem anos, desde que o boxe profissional passou a ser um negócio milionário, o número dessas associações só tem aumentado. Isso tem provocado uma crescente proliferação de campeões, muitas divergências e confusões em torno das regras das lutas, bem como uma grande variação no que toca à preservação da integridade física e outros direitos profissionais dos boxeadores a elas filiados.

Assim que o propósito desta página é focar essa situação desde um ponto de vista histórico, procurando esclarecer o que há de importante e sólido nisso tudo.

Origem dos títulos de campeão de boxe profissional

Em 1719, já nos últimos anos do pugilismo vale-tudo, o inglês James Figg se auto-proclamou campeão e passou a aceitar desafios de todo lutador que desejasse tirar-lhe esse título. Em respeito à fama de Figg, esse costume passou a ser seguido pelos campeões que o sucederam, embora o pugilismo naquela época não tivesse regras escritas.
A Era das Regras de Broughton: 1743-1838

As primeiras regras escritas do boxe foram feitas em 1743 por Jack Broughton, um dos campeões que sucederam Figg. Essas regras deram início ao verdadeiro boxe inglês sem luvas, já que com elas passou-se a lutar em ringues, tinha-se rounds e respeitava-se adversário caído. Embora não fosse questão abordada nessas regras, continuava-se com a tradição de respeitar o campeão na linha de sucessão de Figg.

Essa prática tinha, contudo, no mínimo um lado ruim: ficava totalmente a critério do campeão decidir se aceitava ou não um desafio.

Os campeões na Era das Regras de Londres: 1838-1867

Desde o início do século XIX, e principalmente a partir do governo da Rainha Victória, em 1837, o puritanismo inglês passou a pressior o boxe inglês para a ilegalidade. Em ordem a sobreviver, os fancy ( como na época eram chamados os aficionados e praticantes do boxe ) fizeram várias concessões, concretizadas pela introdução das London Prize Ring Rules ( Regras de Londres ) em 1838. Essas regras eram um aperfeiçoamento das Regras de Broughton e se constituíram num muito importante passo na humanização do boxe, embora ainda se lutasse sem luvas.

As Regras de Londres continuaram a linha de sucessão de campeõoes que vinha desde Figg. Também continuaram com o costume de não se exigir que o campeão fosse obrigado a aceitar qualquer desafio ao seu título.

Apesar dos fancy terem feito novas concessões, reformulando as Regras de Londres em 1853 e 1866, inclusive introduzindo categorias de peso outras que a dos peso pesados, o boxe sem luvas passou a ser tão perseguido pela polícia que a maioria dos boxeadores profissionais ingleses preferiu ir atuar nos USA.

As Regras do Marquês de Queensberry: 1867

No final do século XIX, o boxe amador estava bastante difundido na Inglaterra, fazendo inclusive parte dos estudos obrigatórios nas escolas mais tradicionais inglesas. Por exemplo, na época, era famoso o torneio anual de boxe amador entre os alunos de Oxford e Cambridge, as duas mais tradicionais e importantes universidades da Inglaterra.

Como as Regras de Londres eram apropriadas apenas para boxe sem luvas, John Graham Chambers, proprietário de uma academia de boxe amador em Londres, escreveu um detalhado conjunto de regras para boxe com luvas e para prática por amadores. Como tal, introduziu rounds com a duração fixa de três minutos, lutas com duração limitada de rounds e outras medidas de proteção.

Como Chambers tinha apenas 24 anos de idade, procurou um padrinho de peso para suas regras. Esse acabou sendo um colega de escola, jovem como ele mas de uma importante família aristocrata: o Marquês de Queensberry, que ficou imortalizado emprestando seu nome às tais regras.

Inicialmente, os profissionais ridicularizaram as Regras de Queensberry. Contudo, a perseguição inclemente, tanto da polícia inglesa como americana, aos praticantes do boxe sem luvas fêz com que os profissionais também passassem a lutar sob as regras do marquês.

O boxe americano e os cinturões da Police Gazette

A partir de cerca de 1850, a maioria dos boxeadores profissionais ingleses estava atuando nos USA, onde muito contribuiram para elevar o nível técnico do boxe e mostraram à enorme massa de miseráveis emigrantes, que estava chegando a esse país, uma possibilidade de fazer dinheiro rápido. Isso tudo acabou fazendo com que, por essa época, o centro mundial do boxe mudasse da Inglaterra para os USA.

Naqueles tempos, a indicação do campeão americano era feita por uma revista: a Police Gazette. Dada a crescente importância do boxe americano, logo o campeão proclamado pela revista passou a ser considerado como campeão mundial.

Isso era uma situação bem precária pois o árbitro de tudo era Richard K. Fox, o dono da Police Gazette. Por exemplo: como Fox não gostava de John L. Sullivan, o campeão "moral" na década dos 1880's, resolveu indicar Jake Kilrain como campeão dos pesados e o presenteou com um cinturão. Os fãs de Sullivan responderam doando-lhe um outro cinturão, ricamente ornado com a inscrição "nosso campeão dos campeões". Estava criada uma grande polêmica que só foi resolvida com o combate Sullivan x Kilrain, travada em 1889 e com a vitória de Sullivan depois de 75 rounds da última luta importante sob as Regras de Londres.

As primeiras associações americanas

Após a Primeira Guerra Mundial, quando o boxe já ia se consolidando como um grande espetáculo de massas, os próprios norte-americanos sentiram que era necessário se ter uma associação juridicamente estabelecida para reger este esporte. Não era mais possível se continuar a seguir os ditames da Police Gazette.

Como consequência disso, em 1920 surgiram as duas primeiras entidades criadas especificamente para reger o boxe americano:
  • a NYSAC: New York State Athletic Comission que, conforme diz o próprio nome, era um orgão do governo do estado de New York.
  • a NBA: National Boxing Association
  • uma associação privada e que iniciou tendo pouco mais de uma dezena de estados americanos filiados, estados esses que procuravam quebrar o monopólio que New York vinha tendo sobre o boxe.

Essa associações, embora com jurisdição restrita aos USA, muito fizeram para que o boxe eliminasse todos os resíduos que ainda trazia de seus tempos de clandestinidade e logo seus campeões passaram a ser reconhecidos como campeões mundiais. Incidentalmente, raras vezes essas duas associações discordaram quanto aos campeões.

Os demais países também passaram a organizar seu boxe

Ainda na década dos vinte, vários outros países fundaram associações para reger o boxe. Isso foi o caso do Brasil, onde as primeiras associações tiveram nível municipal, como foi o caso da Comissão de Boxe do Rio de Janeiro ( 1925 ); posteriormente, surgiram as associações estaduais, como a Federação Carioca de Boxe ( 1933 ), Federação Paulista de Pugilismo Amador ( 1936 ), Federação Gaúcha de Pugilismo ( 1944 ), etc; aqui no Brasil, a tentativa de organização a nível nacional ocorreu só em 1935 com a fundação da Federação Brasileira de Pugilismo que nasceu congregando apenas as federações cariocas, paulistas e mineiras. ( Em 1941, a Federação Brasileira de Pugilismo passou a ser chamada de Confederação Brasileira de Pugilismo e se transformou, já em 1998, na atual Confederação Brasileira de Boxe, que é a organização coordenando todo o boxe profissional e amador no Brasil. )

Mas, voltemos ao panorama mundial. Em 1928, foi feito um congresso em Roma onde se procurou criar uma instituição congregando todas as associações nacionais de boxe. Nasceu disso a IBU, ou International Boxing Union, que infelizmente não conseguiu levar a cabo sua missão e acabou abdicando do direito de proclamar campeões mundiais. Com isso, o boxe continuou sem ter organismos internacionais juridicamente estabelecidos.

Surgimento das associações com jurisdição internacional

Na década dos anos sessenta, tanto a NBA como a NYSAC iniciaram a perder poder e com isso, finalmente, amadureceu o consenso da necessidade de associações com jurisdição internacional para reger o boxe mundial. Assim, em 1962, a NBA transformou-se na atual World Boxing Association ( WBA ou Associação Mundial de Boxe ), agora com jurisdição internacional, e no ano seguinte, em 1963, surgiu o World Boxing Council ( WBC ou Conselho Mundial de Boxe ).

Inicialmente, a WBA estava sob controle dos americanos, mas logo ficou dominada pelos interesses das federações latino-americanas. Hoje ela congrega muitas associações nacionais e até mesmo continentais, as principais sendo: Latin American Boxing Federation (FEDELATIN), a Pan Asian Boxing Association (PABA), a Central America Boxing Federation (FEDECENTRO), a North America Boxing Association (NABA), e a Pan African Boxing Association (PFBA).

A situação das associações profissionais nos últimos anos

Na década dos anos oitenta muitos países orientais, europeus e latinos sentiram-se prejudicados em seus interesses e disso surgiram várias associações dando títulos de campeão mundial: a IBF em 1983, a WBO em 1988 e mais de uma dezena de outras associações ainda menos representativas. Obviamente, isso provocou uma proliferação de campeões. Contudo, as duas primeiras associações internacionais, a WBA e o WBC, continuam sendo as mais respeitadas e normalmente tem concordado na indicação dos campeões mundiais ( costuma-se dizer que um boxeador reconhecido como campeão tanto pela WBA como pela WBC é um undisputed champion ).

Ao longo de sua história, o boxe foi regido por três conjuntos de regras: as Regras de Broughton, as Regras de Londres e as Regras de Queensberry.

Atualmente, todas as associações de boxe profissional adotam versões modernizadas das Regras de Queensberry. Contudo, podem existir diferenças de detalhes entre as regras de uma associação para outra, tais como critérios de terminação das lutas.

A divisão dos boxeadores em categorias de peso foi introduzida ainda na era das Regras de Londres. Com as Regras de Queensberry, a quantidade dessas categorias tem crescido continuamente. Mesmo atualmente, a quantidade de categorias, bem como as respectivas faixas de kg, podem variar de uma associação para outra.

Boxe legal versus boxe ilegal

Complementando a discussão acima, é importante enfatizar que um importante papel das modernas associações de boxe profissional é o licenciamento dos boxeadores. As associações somente permitem lutar profissionais licenciados, e as mais conceituadas só dão e mantém a licença para pugilistas que passam por exames médicos periódicos, tais como tomografia cerebral, bem como tem ficha policial impecável.

Contudo, em alguns países, vivendo à margem do controle das associações temos o boxe não-licenciado e o boxe ilegal.

O boxe não-licenciado

É praticado por pugilistas que perderam a licença ( por aposentadoria, por impedimento médico, por falta grave, etc ), por brigões de rua e por ciganos ( ingleses, galeses e irlandeses; vindos da Rússia, chegaram na Inglaterra em cerca de 1500 e lá aprenderam o boxe inglês sem luvas que ainda praticam em desavenças entre famílias e em lutas por prêmio nas feiras que organizam ou participam anualmente, como a de Cambridge e a Feira da Primavera em Scarborough ).

Em alguns países essas lutas são consideradas legais, ou ao menos toleradas pela polícia, desde que tenham supervisores identificados, sejam realizadas em ringue e os boxeadores usem luvas. Se recomenda que os boxeadores sigam as Regras de Queensberry, mas é comum os organizadores "se esquecerem" das luvas e os lutadores "se esquecerem" das regras no calor do combate. Apesar disso, muitas dessas lutas são realizadas em locais públicos respeitados, como o York Hall de Londres. Recentemente, durante o Derby Day, foi realizada em Epson Downs uma luta sem luvas entre ciganos que atraiu imensa multidão e isso que, durante a mesma, a rainha estava visitando as corridas no local.

O boxe ilegal

é praticado por boxeadores que perderam a licença e brigões de rua. É uma atividade claramente clandestina e mafiosa, as lutas são divulgadas apenas por "propaganda de boca" e o local das mesmas é anunciado por telefonemas furtivos, algumas horas antes. Tipicamente se exige que os espectadores façam uma aposta mínima, algo em torno de 100 libras ou 200 dólares. Os principais centros dessa modalidade são Londres e Nova Iorque.

Nunca se usa luvas e as lutas são de dois tipos:

Straightener

Que é praticamente uma briga de rua onde são permitidos apenas socos

All-in

Onde vale qualquer coisa, mesmo morder, dar joelhadas, enfiar dedos nos olhos e assim por diante

Fonte: www.boxergs.com.br

História do Boxe Profissional

Boxe Profissional

A antropologia admite que os punhos cerrados tenham constituído uma das primeiras, se não a primeira arma de defesa do homem primitivo. Sem dúvida, constituiu o meio mais natural de ataque e de defesa, pois, ao contrário dos demais animais pré-históricos, o homem não possui e jamais possuiu garras, presas, cauda longa e forte para dar rabanadas. Dentre os recursos que sua própria estrutura física poderia lhe dar, o de maior precisão e fácil utilização, foram os punhos cerrados, que até hoje sobrevivem como meio de defesa, em que pese todos os equipamentos inventados e criados para o mesmo fim, alguns bastantes sofisticados.

A história nos dá conta de inúmeros tipos de competição, pela troca de golpes com os punhos cerrados, desde uma espécie de esgrima com punhos até formas mais apuradas de pugilato. A civilização grega nos dá conta de variados tipos de luta como meio de competição esportiva e até nos tempos pré-helênicos, antes da Guerra de Tróia, já se conhecia o pugilato. Homero, na Ilíada e na Odisséia, narra cenas de lutas em comemoração a eventos importantes. Também Virgilio, na Emeide, refere-se a tal atividade físico-esportiva. Pausânias já nos trouxe informações mais concretas, ao narrar a inclusão, na vigésima Quinta Olimpíada, de combate com os punhos descobertos e posteriormente protegidos com correias trançadas e guarnecidas de botões de ferro e arame denominado "Cestus", além de outros equipamentos, chamados "Hymas", e uma máscara tipo calota, de proteção às têmporas, chamada "Amphotls".

O pugilato foi aperfeiçoado pelos gregos ao nível de uma verdadeira arte, com regulamentação minuciosa, o que não impedia, entretanto, a ocorrência de inúmeros acidentes fatais nas lutas. Tal era a violência que o pugilato perdeu importância na Grécia clássica e um novo tipo de luta surgiu - o Pancrácio, na época da trigésima terceira Olimpíada, ainda marcado pela violência e bastante parecido com o pugilato, pois nele se batia com os punhos cerrados, embora não mais se utilizasse os "cestus".

Em 146 A. C. a Grécia é subjugada pelo Império Romano e este leva para todo seu território o pugilato que, entretanto, deixa de ser uma competição esportiva, passando a compor os sangrentos espetáculos dos "Circus". Teodósio, ao tornar-se cristão, proíbe as lutas de gladiadores e entre elas o pugilato. A Inglaterra fez ressurgir os combates de punhos nus, por volta do século XV, mas somente no século XVIII é que o boxe se transformou, realmente, num desporto regulamentado, tendo sido James Figg, cognominado como "Iom", o primeiro campeão oficial da modalidade. Ainda era lutas bastantes violentas, de punhos nus, pois as luvas, mesmo as mais rudimentares, somente apareceram em 1750, numa contribuição do então campeão Jack Broughton, que também muito influenciou na evolução técnica do box, introduzindo a plena movimentação, em lugar do estático que então predominava.

Em que pese toda a revolução imposta de Jack Broughton, somente a partir de 1880, com a codificação do marquês de Queensbury, o uso das luvas se generalizou e, consequentemente, desapareceu a violência dos punhos nus, registrando a história, ainda em 1889, a ultima luta sem luvas nos Estados Unidos, na qual se sagrou vencedor o campeão famoso e saudoso, John L. Sullivan, que derrotou Jack Kilrain, numa luta de 76 rounds, com a duração de duas horas, dezesseis minutos e vinte e três segundos. Sullivan foi o último campeão dos punhos nus e o primeiro campeão com luvas. Antes deste episódio, na terceira Olimpíada da época moderna, disputada em Saint Louis, nos Estados Unidos, no ano de 1904, o box foi admitido como desporto olímpico e incluído na programação dos jogos.

Os americanos desde de 1889 já detinham a hegemonia do box. O box, sem dúvida, é um desporto que, ao lado de pontos positivos, apresenta características perigosas e negativas, que podem, aos desavisados, causar até a morte ou a invalidez. Entretanto, alguns aspectos educativos devem ser evidenciados, pois, na forma violenta que pode apresentar, multiplica, por outro lado, em elevado nível, as qualidades físicas e morais do praticante. Desenvolve a rapidez, a resistência aos traumatismos e a dor, a flexibilidade, a destreza, a combatividade e a resistência, aperfeiçoando ainda sob o ponto de vista anatômico, toda a musculatura, tornando-a elástica e resistente.

Fonte: www.museudosesportes.com.br

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