BASQUETE - TREINAMENTO INTEGRAL EM CATEGORIA INTERMEDIÁRIA.

03-11-2010 12:34

TRADUÇÃO: Prof. Agilson Alves.

INTRODUÇÃO ··Ao refletir em torno dos métodos de treinamento em basquete se observa classes muito específicas de treinadores os quais normalmente são professores de Educação Física que se dedicam por hobbie e com uma mentalidade e conhecimentos inespecíficos sobre o basquete. Também encontramos a jogadores que entregam sua experiência sem nenhuma base sólida sobre o atuar e desenvolvimento dos fundamentos, nem princípios básicos como a individualidade biológica ou os processos evolutivos próprios da etapa puberal. O presente documento propõe uma forma básica e singela de integração FÍSICA, TÉCNICA, TÁTICA e PSICOLÓGICA, com base num constante movimento e rotações de jogadores com o implemento a usar (bola) e outros acessórios que servem para o reforço do treinamento.

INICIAÇÃO

Todo processo de treinamento desportivo deve ser periodizado segundo as competições a participar, não obstante por ser o basquete um esporte de competições irregulares (campeonatos curtos ou ocasionais, encontros amistosos, etc.), deve-se periodizar com base a uma formação constante da forma física, sem deixar com isto de lado os outros aspectos fundamentais que fazem do basquete um esporte de alta riqueza técnica e tática. Com isto o treinador se vê obrigado a procurar o máximo aproveitamento do tempo de treinamento, sem obviar as variáveis da motivação e gosto de treinar do jovem, o qual neste período se vê susceptível a grandes mudanças em sua conformação física (puberdade) e psicológica, o que faz perder muitas vezes a constância de treinar.
Os treinandos, nesta etapa já vêm com uma base de fundamentos básicos de basquete, dessa forma não é necessário se deter nisso, mais do que um simples reforço; o treinando já aprendeu a utilizar a bola dentro da quadra e agora deve internalizar, sistemas de jogo (situações táticas favoráveis em ataque e defesa) e códigos (simbolismos e gestos corporais que indiquem jogadas, posições, cortes, etc.) que o ajudem a superar aos adversários em conjunto.
Como processo de iniciação se deve priorizar o trabalho para a criação do fundo aeróbico necessário para suportar uma partida completa e ao mesmo tempo iniciar o desenvolvimento do esquema espaço-temporal (timming) para o uso de passes e arremessos. Para isto podem ser utilizados trabalhos em toda a quadra com uma duração de média a longa (10´-15´), em seqüências contínuas com pouca recuperação entre um e outro (1´45”-2´00”).

O basquetebolista deve ter uma grande capacidade para desempenhar seu papel de maneira ótima dentro da duração da partida (aprox. 40´) , o que se faz necessário prepará-lo em base ao longo da quadra onde se veja envolvido constantemente com seus colegas em diferentes facetas do jogo incorporando movimentos livres e pré-determinados segundo características da equipe e seu nível de ambientação com o terreno de jogo.
Mas não se deve priorizar só o trabalho com bola, ao fim de algumas sessões também devem ser integrados trabalhos sem bola, sempre utilizando todo o espaço de jogo. Para isto se deve utilizar implementos ou “acessórios”, como cones ou em sua falta,os próprios parceiros como obstáculos, para realizar mudanças de direção, paradas em 1 e 2 tempos, giros, reversões, etc. Estes podem ser complementados com passes, arremessos e drible ao se utilizar bola.

1) PASSES CONSECUTIVOS COM PENETRAÇÃO E TROCA DE POSIÇÃO:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2) DRIBLE CONTINUO, EXECUTANDO PRIMEIRO UMA BANDEJA (1 PONTO), PARTINDO APÓS O REBOTE PARA O OUTRO LADO E REALIZAR UM ARREMESSO DE ½ DISTÂNCIA, CONTINUANDO ATÉ A CESTA CONTRÁRIA PARA REALIZAR UM TRIPLO, SEQÜÊNCIA EXECUTADA CONTRA O TEMPO OU COM CONVERSÃO.

 

3) DRIBLE REALIZANDO DISTINTAS AÇÕES COMO TROCAS DE DIREÇÃO, GIROS REVERSOS, OU PARADAS, PARA LOGO REALIZAR UMA BANDEJA, REBOTEAR E PASSAR, PARA TERMINAR NO LADO CONTRÁRIO COM UMA BANDEJA SEM DRIBLE.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4) CORRIDA COM DRIBLE EM VELOCIDADE, TOCANDO AS LINHAS DELIMITADAS AO LONGO DA QUADRA.

 

 

 

 

É necessário também integrar estruturas de movimentos que façam o jogador pensar sobre a base de que ele é “uma peça de uma estrutura complexa que se cimenta no jogo coletivo e o ajuda”, assim se pode começar a introduzir o sistema ofensivo da equipe treinando o ataque em sua fase final (lançamento), internalizar movimentos necessários para o funcionamento da equipe como corta-luz, cortadas, circulações de jogadores, etc. Sem desperdiçar o componente físico e tático.

 

 

5) SEQÜÊNCIA DE PASSES E FINALIZAÇÃO RÁPIDA (BANDEJA OU ARREMESSO DE MEIA DISTÂNCIA).

 

INSTALAÇÃO DO SISTEMA DE JOGO


Todo treinador deve discernir com base em seu plantel qual é o sistema mais efetivo de ataque. Para isto devem ser vistas as capacidades físicas e qualidades biotipológicas de maneira conjunta. Quer dizer, se o técnico possui uma equipe alta e de pouca velocidade se deve instaurar um ataque ordenado pelo trabalho de pivôs (alto, meio e baixo) para que as opções de lançamento sejam predominantemente de média ou curta distância. Ao contrário, se a equipe carece de estatura e é veloz, o sistema ofensivo deve primar pelo contra-ataque e ataques com movimentos externos da bola misturando variados tipos de corta-luz e cortes à cesta.
Os treinandos ademais devem sentir-se motivados com o trabalho preparatório para o sistema, dando-lhes a liberdade necessária para a criatividade e diversão dos mesmos. Recordemos que é nesta idade onde a maioria dos jogadores se vêem afetados pelos estereótipos que promovem os meios de comunicação, o que faz que procurem novas fintas ou formas mais efetivas de arremesso, é aqui, onde o treinador se converte no guia “espiritual” dos jovens, é o único adequado para reformar esquemas e dar conselhos.

 

6) SAÍDA RÁPIDA ENTRE 5 PELO CENTRO, CHEGADA EM TRANSIÇÃO E INSTAURAÇÃO DE POSTE MÉDIO-ALTO E CORTADAS EM TESOURA EM BAIXO DA CESTA E PERÍMETRO, ELEIÇÃO DO PASSE E ARREMESSO.

 

7) CHEGADA EM FORMAÇÃO DE ATAQUE 1-3-1, ARMADOR DRIBLA PARA UM LADO, ALA DESTE LADO CORTA, RECEBE BLOQUEIO DE 4, ALA CONTRÁRIO PROMOVE O EQUILÍBRIO NA POSIÇÃO DO ARMADOR, SE INVERTE O LADO DO JOGO COM PASSES, FINALIZAÇÃO RÁPIDA.

O treinamento não deve possuir sempre uma mesma estrutura, cada sessão deve ser planejada com base no objetivo a se atingir, neste caso a aquisição de novos raciocínios dentro do jogo coletivo, para isto devemos FLEXIBILIZAR o treinamento ao máximo, incluindo exercícios gerais como tranças e variando-as em tipo e número de passes realizados, como também o tipo de arremesso; estes trabalhos devem ser misturados com situações que levem ao sistema de jogo em ataque inteiro ou partes dele.

 

 

                                                                                      

 8) CHEGADA EM TRANSIÇÃO OFENSIVA A PARTIR DE UMA TRANÇA(8), PASSE EM DIREÇÃO AO

ALA DIREITO, QUE PASSA AO ALA ESQUERDO E SE SITUA NO PIVÔ DE CIMA, PASSE AO PIVÔ, CORTADA SIMULTÂNEA DOS LATERAIS, PASSE E FINALIZAÇÃO.

 

 

                                                                                                            

9)CHEGADA EM TRANSIÇÃO OFENSIVA EM TRANÇA(8), DRIBLE PARA A ALA DIREITA, ROTAÇÃO SIMULTÂNEA POR BAIXO DA CESTA E PERÍMETRO, PASSES RÁPIDOS AO LATERAL QUE APARECE E FINALIZAÇÃO.

O trabalho ofensivo deve estar sempre marcado por uma grande determinação e boas decisões, as quais sempre devem ser guiadas pelo treinador como uma fonte inesgotável de idéias. Tudo isto deve ser unido às palestras no quadro branco ou “quadra em prancheta” durante o treinamento, que é onde se vê refletida a capacidade da equipe de funcionar como tal. O treinador deve propor situações que levem a soluções simples e efetivas, as quais devem ser expressas na quadra pelos jogadores. Nesta etapa, é bom mecanizar certas soluções para que os treinandos possam ter sempre uma via de escape rápida dentro das passagens do jogo. O que não impede que eles realizem soluções de sua própria criação, pondo sempre enfatizando que estas devem ser SIMPLES E EFETIVAS.

CONTINUA NA PRÓXIMA ATUALIZAÇÃO...

BIBLIOGRAFIA

·         “BALONCESTO, más que un juego”, Manuel Comas, 1991, Edit. Gymnos, España.

·         “TESTS Y PRUEBAS FÍSICAS”, James D. George, 1998, Edit. Paidotribo, España.

·         “ENTRENAMIENTO DE LA RESISTENCIA”, Fritz Zintl, 1991, Edit. Deportes, España.

·         “BALONCESTO, aprender y progresar”, Hal Wissel, 1998, Edit. Paidotribo, España.

·         “1250 EJERCICIOS Y JUEGOS EN BALONCESTO”, Javier Olivera, 1998, Edit. Paidotribo, España.

·         “PSICOLOGIA DEL ENTRENAMIENTO DEPORTIVO”, Thomas Tutko, 1984, Edit. Augusto E. Pila Teleña, España.

·         “101 EJERCICIOS PARA EL ATAQUE DE BALONCESTO”, George Kart, 2002, Edit. Paidotribo, España.

  • Apuntes Clínica Solidaria Olímpica, Febachi Expositor Sr. Isley, 1999, Santiago, Chile.

·         Apuntes Dirección Técnica Escuela Municipal Básquetbol, Talca, Chile

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